quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sobre os Pedaços do Mundo.

Eu percebi que o meu blog, que inicialmente seria um mecanismo bem mais ligado à questão da produção de minha empresa, assumiu um ar, digamos..., mais pessoal. Resolvi então mudar o nome do Blog. Chama-se agora, "O Mundo em Pedaços".

Pensando sobre no que faço para viver, descobri que assemelha-se àquela pessoa que no aniversário de alguém corta o bolo para os convidados. Quando alguém filma uma cena, ele não está na verdade pegando um pequeno pedaço do mundo? O enquadramento, o retângulo e os quadrados das televisões, salas cinema, e monitores seriam as arestas desse pedaço de bolo.

Num delírio filosófico, se imaginássemos que o mundo acabasse em 2012, e os arqueólogos de um distante planeta descobrissem todas as imagens que fizemos, no cinema, na televisão, ou nas pequenas câmeras de celular, talvez juntado tudo reconstruíssem uma imagem exata do mundo, não é mesmo? Creio que não. Não porque faltariam imagens, mas porque a exceção das câmeras de vigilância em sinais de trânsito, elevadores, portarias e afins, todas as outras imagens teriam sido elaboradas com um objetivo, na verdade com um significado pessoal para aquela pessoa que filmou, ou seja, teriam uma alma, que pertenceria a si, concebida no momento de sua gravação. Todas as imagens do mundo, seriam todos os pedaços do mundo, mas todos os pedaços do mundo, juntos, não formariam este. Interessante, não?

Voltando ao nosso bolo... A pessoa que corta os pedaços, não os corta por igual, coloca um pedaço menor para quem faz regime, um maior para o pai ou mãe, com mais calda de chocolate para o(a) amante. Eu também sou meio assim, vou cortando o que me faz rir, chorar, ter estranhamento... e por aí vai.

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